Paulo Francis, pseudônimo de Franz Paul Trannin da Matta Heilborn, foi um jornalista, crítico de teatro e escritor carioca. No começo dos anos 50, tornou-se ator e diretor teatral. Aderiu ao trotskismo e, de 1957 a 1963, foi crítico de teatro. Iniciou sua vida no jornalismo e trabalhou nos jornais “Diário de Notícias”, “Última Hora”, “Correio da Manhã” e “Tribuna da Imprensa”. Nos anos 60, foi um dos fundadores da revista “Senhor” e do semanário humorístico “O Pasquim”. Neste, já desenvolvia o estilo polêmico e agressivo, marca registrada da coluna “Diário da Corte”, que publicou de 1977 até a morte nos jornais “Folha de S.Paulo”, “O Estado de S. Paulo” e “O Globo”. Preso quatro vezes no regime militar, era radical de esquerda, mas em meados dos anos 70 passou progressivamente a uma ideologia mais liberal e conservadora. Entre seus livros se destacam os romances “Cabeça de Papel” (1977), “Cabeça de Negro” (1979), as novelas “As Filhas do Segundo Sexo” (1982), o relato autobiográfico “O Afeto Que se Encerra” (1980), os ensaios “Opinião Pessoal” (1969), “Certezas da Dúvida” (1970), “O Brasil no Mundo” (1985) e a obra sobre o golpe de 64, “30 Anos Esta Noite” (1994). Morreu de infarto nos EUA.
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