O carioca Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo (porém, ele se considerava alagoano, já que foi viver em Maceió ainda bebê...) sonhava em ser ator. Contudo, o pai era contra. “No dia em que você subir a um palco, saio da plateia e te arranco de lá pela gola”, dizia. Mas como o destino é destino, o jovem rapaz perdeu o pai cedo. Aos 20 anos, tomou coragem, voltou ao Rio de Janeiro, passou fome, dormiu na rua e até investiu em um namoro com a filha de um português – tudo para poder entrar no Teatro Ginástico Português, o maior grupo da época. Assim que pisou no palco, mudou seu nome para Paulo Gracindo – e sua vida mudou também. Participou das maiores companhias teatrais dos anos 30 e 40. Depois, partiu para o rádio: na Rádio Nacional, apresentava o Programa Paulo Gracindo e ainda participava de radionovelas – fez sucesso como Alberto Limonta, em “Direito de Nascer”. A chegada da TV só aumentou seu sucesso: fez personagens inesquecíveis, como o Coronel Ramiro Bastos em “Gabriela” (1975), o padre Hipólito de “Roque Santeiro” (1985), o prefeito Odorico Paraguaçu, de “O Bem Amado”, de Dias Gomes (1973; 1980). Em 1990, em “Rainha da Sucata”, viveu Betinho, que imortalizou o bordão “coisas de Laurinha!”. Paulo Gracindo morreu aos 84 anos, em decorrência de um câncer de próstata.
0 comentários:
Postar um comentário