Se você quisesse tirar o carioca José Bispo Clementino dos Santos do sério, bastava duas coisas: falar mal do Vasco da Gama, seu time do coração, ou chamá-lo de puxador de samba ao invés de intérprete. “Puxador é quem puxa carro ou quem puxa fumo”, dizia sempre, quando o termo vinha à tona. E foi como intérprete da escola de samba Estação Primeira de Mangueira que Jamelão ficou conhecido em todo o Brasil – neste posto, ficou de 1949 até 2006. Antes, porém, Jamelão também cantou sambas em rádios e casas de show. Entre seus sucessos, destacam-se “Fechei a Porta” (Sebastião Motta/Ferreira dos Santos), “Leviana” (Zé Kéti), “Folha Morta” (Ary Barroso), “Não Põe a Mão” (P.S. Mutt/A. Canegal/B. Moreira), “Matriz ou Filial” (Lúcio Cardim), “Exaltação à Mangueira” (Enéas Brites/Aluisio da Costa), “Eu Agora Sou Feliz” (com Mestre Gato), “O Samba É Bom Assim” (Norival Reis/Helio Nascimento) e “Quem Samba Fica” (com Tião Motorista).Em 2001, recebeu a medalha da Ordem do Mérito Cultural, entregue pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.Contudo, o sambista perdeu a luta contra as doenças. Diabético e hipertenso, Jamelão teve problemas pulmonares e, desde 2006, sofreu dois derrames. Dois anos depois, morreu, aos 95 anos, no Rio de Janeiro, por falência múltipla de órgãos.
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