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30/09/2010

Contradições nas pesquisas eleições 2010




Na véspera do último debate antes do primeiro turno, a maré de escândalos parece recuar alguns quilômetros, como acontece antes do tsunami. Na primeira página da edição de quarta-feira (29/9), o Globo afirma em manchete que a candidata governista, em queda nas pesquisas, convoca os militantes do PT para a campanha nas ruas e informa que "tucanos já comemoram possível segundo turno".
O Estado de S.Paulo também noticia a convocação dos militantes petistas, mas afirma que a média das últimas pesquisas feitas pelo Datafolha, Ibope e Vox Populi ainda aponta uma provável vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno.Há uma evidente contradição nas análises feitas pelo Estadão e pela Folha de S.Paulo quanto à tendência das intenções de voto. Segundo a Folha, o Datafolha indica que Dilma Rousseff perdeu 6 milhões de votos na nova classe C, justamente a camada da população mais beneficiada pela política econômica do atual governo. Os textos da Folha tendem a reforçar a tese de que vai haver segundo turno.Para o Estadão, no entanto, a pesquisa do Ibope revela que a candidata governista sofreu um refluxo apenas nas áreas mais ricas do país, e que segue com vantagem suficiente para decidir a eleição já neste domingo.Qual dos dois está certo? Sob medida. Independentemente dessas contradições, os jornais voltam a destacar outros assuntos que não os escândalos na área federal.A Folha, que já havia noticiado, na edição de domingo (26) que o governo Serra em São Paulo havia sofrido ressalvas no Tribunal de Contas, traz na edição de quarta-feira (29) números negativos sobre o governo anterior, do também tucano Geraldo Alckmin. segundo o jornal paulista, durante a gestão de Alckmin houve aumento das reprovações e queda no número de matrículas nas escolas públicas de ensino médio. Embora possa parecer errática, a edição de um jornal sempre obedece a uma estratégia. Não se deve esquecer que, mesmo tendo suas preferências políticas, declaradas ou dissimuladas, a imprensa precisa de vez em quando cuidar de sua reputação e tem que evitar a debandada de assinantes que não concordam com exageros da linha editorial. Alguns leitores podem estranhar os recentes ataques da Folha, por exemplo, a políticos que na maior parte do tempo são claramente favorecidos pelo jornal. Mas dificilmente essas reportagens negativas aparecem em manchete. Manchete escandalosa, só para os desafetos.



(Envolverde/Observatório da Imprensa)

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