A dignidade da política

Fazer política não é para qualquer um é para todos! Esta é uma lição que, apesar de uma década de novo milênio, ainda não aprendemos suficientemente. Somos analfabetos na arte de fazer política. Aliás, esta palavra foi esvaziada de seu conteúdo e constantemente somos tentados a repetir os erros do passado ou os vícios hospedados nela: politicagem, assistencialismo, populismo, clientelismo, enfim, as perversões que conduzem à não-politica. A senadora Marina Silva vem peregrinando o Brasil e em cada parada chama atenção para outra maneira de fazer política. Ela, que é a novidade política no cenário nacional, segundo os especialistas desta arte, na sema passada em Gramado - RS, criticou “o vale tudo” entre aqueles(as) que querem continuar no poder e os outros que querer entrar. Um dos motivos que empobrece a ação política em nosso cotidiano é o maniqueísmo inscrito na história política brasileira com o bipartidarismo que tem raízes fortes e profundas e que refletem os três níveis de governo do exercício político nacional, regional e local. Um exemplo vem de Brasília, núcleo do poder central. Como o presidente Lula conhece bem o legado de nossa pobre tradição no campo do “fazer-política”, empenhou-se pessoalmente na construção de um cenário plebiscitário – ou seja, na comparação dos oito anos de seu antecessor com seu reinado de quase oito -, e errou. Marina Silva (PV) correu por fora combatendo a tese de Lula Silva (PT) , e, o seu crescimento paulatino nas pesquisas, demonstra que ela e o Partido Verde acertaram na avaliação de questionarem a falsa tese do dualismo na política.
Paulo Souza - PV de Goiás.