O senador Marconi Perillo (PSDB) disse ontem que o PSDB vai insistir na criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o possível déficit de R$ 100 milhões mensais que ele teria deixado para seu sucessor, Alcides Rodrigues (PP). Marconi participou ontem da sessão solene de retomada dos trabalhos na Assembleia Legislativa. Ele disse que tem estimulado a bancada tucana a trabalhar a hipótese de instalação da CPI e que há um forte desejo dos deputados no sentido de propor comissão. “Fica muito o disse-que-me-disse. Se depender de mim, o PSDB vai insistir com a criação da CPI do Déficit para que esse assunto possa ser definitivamente desmistificado e a verdade prevaleça”, salientou. Marconi protestou dizendo que não é possível que uma pessoa possa ser injustiçada em função de mentiras repetidas muitas vezes. Para o senador, se há déficit em Goiás, é de lealdade, gratidão e competência. “Existe superávit de propina, de perseguição e de uma série de outras coisas. O PSDB não teme esse debate com quem quer que seja”, frisou. Ele lembrou que o PSDB topou enfrentar o debate da CPI da Celg e, agora querem mais do que nunca o debate da CPI do Déficit. Questionado se ele está desapontado com o comportamento político de Alcides, ele respondeu: “Respeitem os nossos governos, o trabalho que desenvolvemos ao longo de sete anos e três meses. Num esforço gigantesco para ver as coisas acontecerem no Estado, seria muito injusto que fôssemos julgados com uma ótica leviana”. Sobre a entrega dos cargos de tucanos no governo, ele disse que a sigla não reivindicou nenhum cargo, não fez nenhuma reunião para pedir ou sugerir nomes para o governo e não foi solicitado a fazer isso. Portanto, acredita que esse debate diz respeito exclusivamente ao governador. Ele disse que caberá aos parlamentares tomar a decisão de mudar ou não a postura em relação ao pepista. Marconi argumentou que respeita o posicionamento dos correligionários e que a tolerância e paciência são armas indispensáveis.
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