Uma campanha propõe um dia vegetariano por semana para frear o maior emissor de CO2: o gado. A ideia bate de frente com uma tendência global de abuso no consumo de carne como sinal de riqueza. A reportagem é de Antía Castedo e está publicada no jornal espanhol El País, 24-07-2009. A tradução é do Cepat. A ecologia contra a pecuária? Uma nova e surpreendente batalha irrompe no front ambiental: reduzir o consumo de carne nos países ricos seria um método rápido e eficaz para que cada cidadão contribua para frear o aquecimento global. Menos consumo de carne implicaria em menos rebanho e menos emissões. Mas a proposta, apoiada por celebridades como Paul McCartney, bate de frente com a tendência crescente do consumo de carne em todo o mundo, na qual se destacam as regiões emergentes como sinal da riqueza conquistada. Sabia-se que abusar da carne não era saudável. Agora, além disso, não é verde. A campanha foi posta em prática no Reino Unido com o lema Segunda-feira sem carne. O objetivo: converter-se em vegetariano um dia por semana para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Segundo o ex-Beatle, é uma forma de contribuir individualmente e sem grandes esforços na batalha contra o aquecimento global. A carne pode ser medida em emissões de CO2: consumir um quilo de carne bovina equivale a viajar 250 quilômetros de carro. O gado está na ponta da mira dos ecologistas não apenas pelo CO2 que emite através de seu sistema digestivo. Também porque para a sua alimentação são desmatadas grandes extensões de florestas. Em defesa do gado comparece o setor pecuário, que abriga nada menos que 1.3 milhão de pessoas no mundo, e a demanda do consumidor, que pede mais filés. O Fórum Mundial de Pesquisa sobre o Câncer, situado no Reino Unido, recomenda limitar o consumo da carne vermelha, como o boi, o suíno ou a ovelha, e evitar por completo as carnes processadas - como o bacon ou o salame. Para reduzir o risco de ter câncer, o consumo não deveria ser superior a meio quilo por semana.
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